O valor da nossa hora

O seu tempo é o seu maior investimento, e não o salário.

Por Luiz Gustavo Mariano

Alguns assuntos costumam estar sempre na pauta: investimento, gestão do dinheiro, dívidas e carreira são alguns deles. Mas sinto que falta um componente importante nessa reflexão: o nosso maior investimento é o que fazemos com a nossa hora, e não o que fazemos com o resultado dela, o salário.


Um jeito fácil de entrar nessa questão é o seguinte: se fôssemos prestar um serviço para alguém, qual seria o valor da nossa hora? O que realmente sabemos fazer para merecer um pagamento? Quais são os resultados que entregaríamos para aquela empresa?


A reflexão vale por vários ângulos:

  • Investir a sua hora naquilo que você é realmente bom e naquilo que mais tem condições de entregar;
  • Prestar atenção em aspectos que influenciam a entrega: ser um líder, recursos que possui, experiência, tipo de empresa etc.;
  • Projetar um sistema de incentivos (remuneração fixa, bônus por entrega, bônus coletivo ou individual etc.).
    No meu dia a dia, vejo inúmeros executivos e empresas derraparem quando chega o momento de tomar uma decisão nesse tipo de momento. Vários profissionais entram em projetos completamente desconectados com eles, em vários aspectos. E por que isso acontece? Porque ainda usamos alguns fatores óbvios para tomar decisões de carreira: aumento de salário, subida de cargo etc.
    Se você começar a expandir essa análise para outros aspectos, a decisão pode ser mais precisa. Experimente fazer algumas perguntas para o contratante:
  • Por que a vaga está aberta?
  • Quem estava nela antes?
  • Quantas pessoas já passaram por essa função?
  • Qual é a rotatividade da empresa?
  • O que dizem os que saíram daqui?
  • Quem vai ser o meu chefe? Quanto tempo ele está na função e na empresa? O que fazia antes?
  • Em uma projeção de final do ano, o que eu terei de entregar para que consiga tirar uma nota 10? Quais são os meus objetivos do ano?
  • Há em curso alguma mudança na estratégia da empresa? Como ela pretende competir no mercado?
    Enfim, todo candidato tem o direito (e o dever) de fazer perguntas e de avaliar qual será o local em que irá “prestar serviço”, pois o seu tempo é o seu maior investimento, e você não quer perder tempo em um lugar que você para o qual fará um investimento e não terá um retorno de longo prazo.

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