O papel dos líderes na implementação da Inteligência Artificial (IA) nas empresas

O universo da Inteligência Artificial (IA) ainda parece distante para algumas empresas e seus líderes, uma vez que em um primeiro momento pode parecer complexo demais para o cotidiano das operações vigentes, bem como há dúvidas a respeito da segurança de dados. De acordo com a pesquisa AI Readiness Index, apenas 29% das empresas no Brasil se consideram aptas a avançar a aplicação das tecnologias baseadas em IA. E, boa parte desse impedimento, segundo os respondentes, está na falta de mineração dos dados, que acabam fragmentados pelas diversas áreas da organização.

Lideranças C-level afirmaram, em sua maioria, que existe urgência em resolver os problemas que impedem a aceleração da chegada robusta da inteligência artificial. E mais do que um desejo, esta meta faz parte do planejamento estratégico para 2024. Dentro deste contexto, mais um desafio se apresenta: a escalabilidade da infraestrutura necessária para o avanço da inteligência artificial.

O cenário apresentado serve de alerta para os CEOs das empresas que estão dispostas a embarcar neste desafio e exigem rápidas tomadas de decisão, que podem começar com simples adoções, como no âmbito operacional. As tecnologias podem entrar aos poucos na operação, automatizando processos e promovendo produtividade. Uma vez executado o operacional, é o momento de pensar na implementação de uma IA generativa, que pode ter o poder de mudar a forma de trabalhar.

Essa virada de chave ocorre quando a IA passa a ser utilizada de forma onipresente, com softwares e fora deles – na mentalidade dos líderes. Confira, abaixo, 3 passos para a implementação da IA nas organizações:

Mostre exemplos do que pode ser feito, não do que deve ser feito

Mostrar os avanços implementados e realizar o aculturamento do time é fundamental para o que assunto seja valorizado dentro da organização, uma vez que a inovação será testada na prática. Muitas vezes, os executivos são expostos a casos de uso a serem replicados como um “Q&A”, mas não são estimulados a criar. Com isso, é fundamental fazer algumas perguntas como: De que outra forma eles poderiam adaptar seus fluxos de trabalho? Como isso os ajudaria a alcançar seus objetivos?

Estabeleça diretrizes, não comandos

Há uma arte e uma ciência na promoção eficaz da IA generativa. Forneça ao time orientação sobre como estruturar um prompt para incluir o contexto, a voz e o resultado desejado adequados. Isso pode ser na forma de “textos explicativos”, documentos complementares ou vídeos compartilhados na tela, mostrando a eles como usar a ferramenta como auxiliar de aprendizado. Enfatize que interagir com a IA generativa não significa obter a resposta, mas iniciar um diálogo para debater ideias e iterar uma resposta útil.

Concentre o treinamento na prática

Existem diretrizes básicas a serem passadas aos usuários: como a IA generativa funciona e as considerações sobre o uso da ferramenta, como precisão, confidencialidade, privacidade e uso ético. Mas o treinamento não pode parar por aí. Treinamentos práticos são fundamentais para que se perceba como a IA pode auxiliar no cotidiano e promover a real inovação. Exemplos simples, como usar a IA para entender como o cliente compra, com o que o público-alvo se importa ao considerar uma compra ou quais objeções os compradores podem ter, podem ser extremamente educativos.

A sua empresa possui a liderança preparada para executar essa cultura de inovação? 

 

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