Retailtechs são aliadas do varejo na produtividade e experiência do consumidor

Criadas com o objetivo de utilizar a tecnologia para impulsionar as vendas no varejo e aumentar a produtividade das empresas do setor, as retailtechs vêm ganhando força no cenário brasileiro por se adaptarem de forma rápidas às tendências de consumo. Essas startups auxiliam as vendas ao utilizar processos para auxiliar tanto no formato físico quanto digital, bem como possuem tecnologias que mapeiam padrões de consumo, jornada do consumidor, frequência e até mesmo as necessidades logísticas. Tudo a fim de levar a melhor experiência ao consumidor com alto grau de personalização e promover sua fidelização.

Geralmente, cada retailtech é especializada em uma solução especializada como logística, redes sociais, marketplace, chatbots, descarte sustentável e beacons - dispositivos instalados nas lojas físicas que monitoram e identificam os visitantes para entender a jornada de compra. Sendo que as soluções apresentadas se baseiam no uso da tecnologia para um melhor desempenho, dentre elas inteligência artificial, big data, sistemas logísticos e meios de pagamento.

De acordo com a Associação Brasileira de Startups em parceria com a Deloitte, 36,6% das retailtechs brasileiras surgiram entre 2020 e 2021, impulsionadas pelo boom do varejo online originado pela crise sanitária, que obrigou o consumidor a adquirir produtos e serviços de forma remota. E, consequentemente, exigiu uma rápida adaptação do setor para que as necessidades da população fossem atendidas em um primeiro momento com eficiência, passando meses depois para o patamar de excelência, devido ao aumento da concorrência entre as varejistas.

Passada a crise das lojas fechadas, o consumidor voltou a frequentar o meio físico, mas com o intuito de experienciar o que não poderia ser encontrado de forma online. Esta necessidade também promoveu uma transformação nos pontos físicos, que passaram a oferecer experiências e não apenas produtos. Fator de estratégia para impulsionar, inclusive, as vendas online. Segundo estudo publicado pelo SPC Brasil em pareceria com a Meu Bolso Feliz, seis em cada dez consumidores virtuais visitam lojas físicas, antes de comprar pela internet.

Integração entre o físico e digital

O consumidor brasileiro já espera das varejistas a entrega de conveniência, personalização e velocidade em suas interações de compra, seja por qual meio decida adquirir seus produtos. E essa demanda fez com que a estratégia de muitas empresas fosse alterada. Times inteiros de digital foram formados e se somaram à operação física, o que trouxe um grande desafio organizacional: a interação das informações entre os meios.

Neste contexto as retailtechs vieram auxiliar tanto dentro da operação, quanto para fora. Ao olhar para dentro, é possível trabalhar na automação de processos, redução de erros operacionais, gerenciamento de estoques, aprimoramento da logística e segurança da informação, visando uma melhor produtividade e eficiência do negócio.

Já no âmbito externo, pode-se perceber melhorias voltadas à personalização e experiência do consumidor, com o objetivo de aumentar as vendas, margens e fidelidade dos clientes. Sabemos que para um bom desempenho de ambos os formatos, o executivo responsável pela operação deve ter a visão holística do negócio, criando canais sólidos de venda, entrega e logística reversa, a fim de trazer a evolução contínua da empresa.

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