Quanto valem os dados armazenados nos sistemas utilizados pela sua organização? A resposta é: sem a devida estruturação e análise, esses dados não valem nada para o seu negócio no médio e longo prazo.

É essencial que as empresas tenham a habilidade de organizar os dados de seus diversos sistemas a fim de criar uma jornada de soluções para dores existentes ou melhorias necessárias, fundamental para nortear as estratégias do negócio e aumentar a performance de resultados. Quando falamos desta estruturação que passa pelo diagnóstico, mapeamento, coleta e organização, nos remetemos a uma agenda estruturante. “Para a implementação deste processo, recomenda-se que seja criada uma área específica para sua estruturação. Contudo, empresas menores tendem a pedir que esta agenda seja absorvida pela área de Tecnologia, muitas vezes pelo Chief Technology Officer (CTO). Mas, é importante ressaltar que, embora complementares, as áreas possuem escopos diferentes.”, alerta André Behs, sócio da Flow Executive Finders. 

Para o especialista, o profissional recomendado para liderar esta estratégia é o Chief Data Officer (CDO). “Enquanto o CTO deve garantir tecnologias inovadoras e gerir seu bom funcionamento para o dia a dia, o CDO é o responsável por gerir a qualidade e governança de dados, bem como seu gerenciamento e a estratégia de informações, a fim de promover insights que baseiem decisões no curto, médio e longo prazos.”, exemplificou André Behs. 

O CDO deve ter visão orientada a soluções que se conectem à estratégia macro da empresa e/ou necessidades específicas de cada área do negócio, até chegar à jornada dos clientes. “Este profissional deve conhecer profundamente o serviço ou produto oferecido pela organização e seus processos, porque os insights da área geralmente impactam a cadeia de produção até a entrega final”, concluiu.

O valor do uso correto de dados passa a ser cada vez mais claro para as organizações. De acordo com pesquisa divulgada pela S&P Global Market Intelligence com parceria com a BMC Software, em 2022, impactos positivos foram sentidos nas vertentes de inovação de produto (35% das respondentes), sustentabilidade (43%) e corte de despesas e custos (50%). Segundo os 1.100 profissionais ouvidos, o ganho está diretamente ligado ao aumento das receitas (68%) e a satisfação dos clientes (55%). 

Como boa prática, o ideal é que ambas as cadeiras reportem ao CEO das organizações, devido a importância das áreas e seu impacto na geração de valor do negócio. 

Confira, abaixo, as principais diferenças de escopo destes profissionais: